5 AÇÕES DE LUIZ BARSI PARA 2021

O investidor Luiz Barsi FIlho reforçou hoje a aposta que vem fazendo nas ações de CosanVibra (antiga BR Distribuidora), Banco do BrasilIRB e Cielo. Durante participação no evento BTG Invest Talks, organizado pelo BTG Pactual Digital, ele mencionou estes papéis como alguns dos que vem comprando ou mantendo na carteira.

“Tenho feito em 2021 o mesmo que fazia em 1971. Analisar projetos capazes de prosperar, de setores com ações perenes — sem o qual uma economia não funciona —, e pensando sempre na geração de renda”, afirmou o investidor.

Para ele, a bolsa vem sofrendo nos últimos meses com a saída de pessoas que entraram no mercado acionário apenas fugindo da renda fixa e com cabeça de especulador, e não com visão de investimento para obtenção de retorno no médio e longo prazo.

Barsi também criticou o grande volume de ações alugadas de IRB e Cielo, chegando a dizer que entende que há “manipulação” no preço dos papéis por causa da atuação daqueles que operam vendidos, apostando na baixa das cotações. “A cada vez que aumenta a locação (de IRB), o preço cai e a gente compra um pouco mais”, afirmou, acreditando que em alguma hora o custo do aluguel começará a ficar caro demais e os vendidos terão que reverter a posição.

Em relação a Cosan e Vibra, Barsi citou a confiança em Rubens Ometto e em Wilson Ferreira Jr., respectivamente, para justificar as posições. Investidor também de Ultrapar, do mesmo setor de combustíveis, ele lamentou decisões da gestão da companhia no passado, como a aquisição da empresa da Extrafarma, depois vendida por um preço inferior ao da compra. “Não adianta só tomar decisões que aumentem faturamento. Tem que aumentar faturamento e gerar caixa.”

Instado a comentar sobre IPOs, siglas em inglês para ofertas públicas iniciais de ações, Barsi disse que tem ficado de fora, dado que seu modelo de investimento normalmente depende de análise de dados históricos mais longos tanto de lucros como de distribuição de dividendos. E comentou que ficou surpreso quando leu o estatuto social da novata OceanPact, que prevê distribuição mínima de apenas 0,1% do lucro como dividendo.

Vale notar que, embora no Brasil as companhias abertas costumem pagar o mínimo de 25% do lucro como dividendo, é comum que empresas novas e em fase de expansão optem por estabelecer um percentual menor em seus estatutos.

Fonte: Valor Investe

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