Ações da B2W sobem forte e da Americanas caem após anúncio de fusão

Enquanto a B2W (BTOW3) vê seus ativos subiram cerca de 5%, os papéis da Lojas Americanas (LAME4) recuavam mais de 5%.

No radar de resultados, a Multiplan (MULT3) tem queda de cerca de 2% depois do balanço do primeiro trimestre, considerado fraco em grande parte devido aos impactos da recente rodada de restrições durante o trimestre e maiores provisões em razão do aumento da inadimplência.

Também entre as quedas, estão as ações de bancos como Santander Brasil (SANB11), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC3), com baixa entre 1% e 2%, em um movimento de realização de lucros após a forte alta da véspera, quando os investidores repercutiram o resultado do Santander. Veja mais destaques:

LOJAS AMERICANAS (LAME4) e B2W (BTOW3):

Os conselhos de administração da Lojas Americanas e de sua controlada B2W aprovaram nesta quarta-feira proposta de fusão das operações das companhias, em um desenho que abre caminho para uma eventual listagem do grupo nos Estados Unidos no curto prazo, segundo documentos das companhias enviados ao mercado.

As empresas explicaram que os acionistas da Lojas Americanas (sejam donos de papéis preferenciais ou ordinários), receberão 0,18 por papel da ex-B2W, rebatizada americanas s.a e que terá o código AMER3, além de manterem suas ações na companhia original. Ou seja, quem tem 100 ações LAME3 ou LAME4, continuará com elas e mais 18 ações AMER3 (ex-BTOW3). Com isso, a B2W vai emitir 339.355.391 ações ordinárias para os acionistas da Lojas Americanas.

As empresas anunciaram em meados de fevereiro que estudavam uma combinação de suas operações no momento em que os impactos das medidas de isolamento social catapultaram o comércio eletrônico no país. Na ocasião, as empresas não mencionaram planos para listagem nos EUA.

Segundo as companhias, o acervo a ser cindido pelas Lojas Americanas para a B2W corresponde a 100% dos ativos físicos e 57% da fintech Ame. O valor dessa parcela cindida vale, pelo menos, R$ 6,27 bilhões, de acordo com os documentos. Com a conclusão da operação, esperada para ocorrer em cerca de 40 dias, a B2W terá o nome trocado para americanas SA.

O protocolo de justificativa da operação cita que laudo de avaliação preparado pela Apsis calculou que a relação de troca com base no acervo a ser cindido de Lojas Americanas seria de cerca de 0,134 ação ordinária da B2W por cada papel da controladora. “Não há que se falar, portanto, em direito de recesso para os acionistas de Lojas Americanas dissidentes”, afirma o documento.

A B2W é atualmente controlada pela Lojas Americanas em 62,5%. A companhia possui alguns dos principais sites de comércio eletrônico do país, como Submarino e Americanas.com, além de uma relevante operação digital de pagamentos, a Ame.

Ambas as companhias já vinham há meses anunciando parcerias entre si para a criação do chamado omnichannel, em que clientes podem fazer compras pela internet e optarem pela retirada de produtos em lojas físicas ou usarem infraestrutura de lojas como pequenos centros de armazenagem de produtos.

As companhias informaram que a proposta prevê que a Lojas Americanas permanecerá existindo por meio do controle da B2W. As ações de ambas as empresas seguirão listadas em seus respectivos segmentos na B3. “Uma vez aprovada a cisão parcial, 100% das atividades operacionais das companhias passarão a ser desenvolvidas diretamente pela B2W”, afirmaram as empresas.

Entre os objetivos da operação, as empresas destacam que a companhia combinada criará “um motor de fusões e aquisições ainda mais poderoso para avaliar, negociar e integrar novas aquisições”.

Juntas, as empresas possuem uma rede de cerca de 1.700 lojas físicas em 750 cidades do país e um marketplace online com mais de 87 mil vendedores e vendas totais de 40 bilhões de reais no ano passado.

Para além da operação, a Lojas Americanas estuda uma eventual listagem de empresa nos Estados Unidos por meio de uma migração da base acionária da companhia. Esta empresa listada, a ser chamada de “Americanas Inc” teria participação direta na nova companhia formada a partir da união das operações de Lojas Americanas e B2W.

De acordo com os analistas, os termos são razoáveis, mas a estrutura corporativa final proposta é mais complicada do que tinham previsto, permitindo ao atual grupo de controle de Lojas Americanas manter o controle da entidade combinada, mesmo com menos de 50% do valor econômico do ativo.

Fonte: InfoMoney

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