BITCOIN 2022 AINDA VALE A PENA?

Bitcoin é um tema recorrente e todos, eu disse todos, nós temos uma dor no coração por não ter comprado essa criptomoeda dentre outra logo quando ouvimos falar pela primeira sobre esse novo universo de BITCOIN, ETHEREUM, DOGECOIN, entre tantas outras que surgiram e uma após a outra fomos deixando passar. O que muita gente se pergunta é seguro comprar bitcoin? Primeiras coisas primeiro: o dinheiro que você coloca no Bitcoin não está a salvo de flutuações de valor. Bitcoin é um investimento volátil. Se você está procurando um investimento “seguro” com retornos garantidos, então não invista em Bitcoin – ou qualquer criptomoeda para esse assunto.

Depois de ganhar força entre os investidores de varejo em 2020 com a tese de ativo descorrelacionado à economia tradicional, o Bitcoin (BTC) caiu nas graças dos institucionais em 2021, levando a maior criptomoeda do mundo a bater sua máxima histórica de US$ 69 mil em novembro.

Desde então, o humor do mercado acabou virando com força, levando o Bitcoin para menos de US$ 50 mil, uma queda de cerca de 30% em pouco mais de um mês, levantando a questão sobre a sustentação de um cenário altista para a moeda digital, principalmente porque alguns analistas acreditavam que ela poderia chegar a US$ 100 mil este ano.

Apesar do cenário mais negativo, a criptomoeda caminha para encerrar o ano com ganhos consideráveis, de 65% até 21 de novembro, desempenho bem superior às bolsas de valores, apesar de ficar abaixo de outras grandes criptos, como o Ethereum (ETH), que tem alta de 450% em 2021.

Para onde vai o Bitcoin em 2022?

Apesar de manterem otimismo sobre o futuro do Bitcoin, a recomendação dos especialistas neste momento é de uma cautela maior no curto prazo. Com um cenário indefinido diante da situação macro e com os investidores mais receosos, 2022 caminha para ter um início ainda turbulento.

“O Bitcoin pela primeira vez vai enfrentar um ciclo de redução da liquidez global e um evento de aperto monetário nos EUA. A questão chave é se o Bitcoin vai continuar se mantendo como um ativo descorrelacionado ou se os efeitos da redução de liquidez vão afetar o apetite dos institucionais”, avalia Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero.

Já Fleury destaca que durante momentos de crise e maior pânico, as correlações dos ativos tendem a aumentar, com um movimento mais guiado pelo humor do que pelos fundamentos. “A questão é depois, quando a poeira abaixa, a velocidade com que o ativo descola. Se for resumir, acredito que a gente vai ver o Bitcoin a US$ 100 mil, minha dúvida é se ele volta a US$ 40 mil antes disso ou se vai direto até esse patamar”, pondera o gestor.

Félix, por sua vez, segue otimista com a projeção dos US$ 100 mil conforme o mercado também caminha para entrar no novo ciclo de redução de recompensa dos mineradores, chamado de halving, previsto para primeiro semestre de 2024. “A única certeza é de que o mercado tende a seguir volátil”, afirma.

Mais cauteloso no atual cenário, o trader e investidor anjo Vinícius Terranova diz que está “fora do mercado”, aguardando uma sinalização do mercado, algum tipo de reversão para alta ou mesmo confirmação de queda acentuada.

Durante uma live para atualização de cenário, ele recomendou aos investidores terem paciência ao esperar o surgimento de uma nova oportunidade de entrada, sem descartar uma correção para níveis próximos de US$ 23 mil em um movimento baixista mais forte.

“Não dá para ter euforia agora, é preciso ter cautela, o cenário está feio”, avalia ele reforçando que o melhor a se fazer nesta virada de ano é ficar fora, observando e estudando mais sobre criptoativos.

“Para 2022, se continuar desse jeito, eu espero mais quedas, espero um bear market bem acentuado. Mas se recuperar no início do ano, se o mercado global mostrar uma recuperação, aí acredito que o Bitcoin pode voltar a romper as máximas”, conclui.

Por fim, Denise lembra que, mesmo com bastante volatilidade, o mercado tem ficado cada vez mais maduro com o passar dos anos. “Em 2022, o que se espera é que a adoção continue crescendo e que cada vez mais pessoas entendam como utilizar essa nova tecnologia, pois é um benefício para a sociedade, não somente como um ativo para investimentos, mas também para ter controle sobre seu próprio dinheiro”, afirma.

“Independente se o valor de mercado siga subindo ou baixe, o principal ponto forte do Bitcoin é que está cada dia mais conhecido e em 2022 será o início da adesão massiva”, conclui ela.

Fonte: InfoMoney

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