Como calcular o preço máximo que você deve pagar por uma ação?

Você já se perguntou qual é o valor justo de uma ação? Ou até que ponto vale a pena investir em uma empresa que paga bons dividendos? Essas são questões que muitos investidores enfrentam na hora de montar sua carteira de renda variável.

Para ajudar a responder essas dúvidas, existe uma ferramenta chamada preço-teto, que consiste em estimar o preço máximo que você deve pagar por uma ação para garantir um retorno mínimo em dividendos. Essa estratégia foi popularizada por grandes nomes do mercado, como Décio Bazin e Luiz Barsi Filho, e pode ser útil para quem busca investir em empresas sólidas e perenes.

Mas como funciona o preço-teto? E como aplicá-lo na prática? É o que vamos ver neste artigo, que traz exemplos de cálculo do preço-teto para as ações BBAS3, BBSE3 e VBBR3.

O que é o preço-teto?

O preço-teto é o preço máximo de compra de uma ação tendo em vista uma análise feita anteriormente para definir seu potencial de retorno. Esse método não deve ser utilizado com empresas de crescimento, pois em sua grande maioria são aquelas que pagam poucos dividendos.

O preço-teto é calculado com base no dividend yield, que é a relação entre o valor pago em dividendos por ação e o preço da ação. Quanto maior o dividend yield, maior é o retorno em dividendos que o investidor recebe.

A ideia do preço-teto é estabelecer um dividend yield mínimo de 6% ao ano, que seria equivalente a uma taxa de renda fixa. Assim, o investidor garante uma remuneração semelhante à de um título público ou privado, mas com a possibilidade de ganhar também com a valorização da ação.

Como calcular o preço-teto?

O cálculo do preço-teto é simples: basta dividir o valor pago em dividendos por ação pelo dividend yield desejado. Por exemplo, se uma empresa pagou R$ 1,00 de dividendos por ação no último ano e você quer um dividend yield de 6%, o preço-teto seria de R$ 16,67 (1 / 0,06).

No entanto, o valor dos dividendos pode variar de ano para ano, dependendo do lucro da empresa e da sua política de distribuição. Por isso, é importante projetar o valor dos dividendos futuros, com base em dados históricos e nas expectativas do mercado.

Uma forma de fazer isso é usar a média dos dividendos pagos nos últimos cinco anos, ajustada pela inflação. Outra forma é usar as projeções dos analistas, que podem ser encontradas em sites especializados, como o Status Invest.

Exemplos de cálculo do preço-teto

Para ilustrar o cálculo do preço-teto, vamos usar três exemplos de ações que são conhecidas por pagarem bons dividendos: BBAS3 (Banco do Brasil), BBSE3 (BB Seguridade) e VBBR3 (Vibra Energia, antiga BR Distribuidora).

Usando a média dos dividendos pagos nos últimos cinco anos, ajustada pela inflação, temos os seguintes valores:

  • BBAS3: R$ 2,01 por ação
  • BBSE3: R$ 1,77 por ação
  • VBBR3: R$ 0,90 por ação

Dividindo esses valores pelo dividend yield de 6%, obtemos os seguintes preços-teto:

  • BBAS3: R$ 33,50 por ação
  • BBSE3: R$ 29,50 por ação
  • VBBR3: R$ 15,00 por ação

Isso significa que, para garantir um retorno de 6% em dividendos, o investidor deveria pagar até esses valores pelas ações. Se o preço da ação estiver abaixo do preço-teto, significa que a ação está barata e oferece uma boa oportunidade de compra. Se o preço da ação estiver acima do preço-teto, significa que a ação está cara e oferece um risco maior de perda.

No entanto, é importante lembrar que o preço-teto é apenas uma referência, e não uma regra absoluta. O investidor deve levar em conta também outros fatores, como os fundamentos da empresa, o cenário macroeconômico, as perspectivas de crescimento e a qualidade da gestão.

Além disso, o preço-teto pode mudar ao longo do tempo, conforme a empresa aumenta ou diminui seus dividendos. Por isso, é recomendável revisar o cálculo periodicamente, e acompanhar o desempenho das ações na carteira.

Conclusão

O preço-teto é uma ferramenta que ajuda o investidor a estimar o valor justo de uma ação, com base no retorno mínimo em dividendos que ele espera receber. Essa estratégia pode ser útil para quem busca investir em empresas sólidas e perenes, que pagam dividendos consistentes e crescentes.

No entanto, o preço-teto não deve ser usado isoladamente, e sim como um complemento à análise fundamentalista. O investidor deve avaliar também outros aspectos da empresa, como sua lucratividade, sua solvência, seu potencial de mercado e sua governança corporativa.

Além disso, o preço-teto pode variar de acordo com o valor dos dividendos, que depende do lucro da empresa e da sua política de distribuição. Por isso, é importante projetar o valor dos dividendos futuros, com base em dados históricos e nas expectativas do mercado.

Por fim, o preço-teto deve ser revisado periodicamente, e ajustado conforme a variação dos dividendos e do preço da ação. Assim, o investidor pode aproveitar as oportunidades de compra e venda, e maximizar seu retorno em dividendos.

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