MMX MMXM3 VAI A FALÊNCIA E AGORA? COMO FICAM AS AÇÕES MMXM3?

A falência de duas empresas ligadas à MMX (MMXM3), mineradora do empresário Eike Batista, foi confirmada nesta quarta-feira (19) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada em segunda instância, pela 6ª Câmara Cível do Tribunal, que seguiu o relatório do desembargador Benedicto Abicair.

Ainda cabe recurso, mas a MMX não retornou aos contatos da reportagem para informar se pretende recorrer da decisão.

Embora em instâncias e foros diferentes, é a segunda falência da MMX que é decretada neste mês. No último dia 6, a própria companhia informou ao mercado que a MMX Sudeste, uma de suas subsidiárias, teve falência decretada pela 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, do TJ de Minas Gerais. À época, a companhia informou que recorreria da decisão.

A mineradora tem dois processos de recuperação judicial e, em ambos, já teve a falência decretada.

No TJ de Minas, corre o processo da MMX Sudeste, subsidiária que, no passado, foi criada, principalmente, para operar o Porto do Sudeste, na Baía de Sepetiba, litoral sul do Rio, terminal originalmente responsável por escoar a produção das minas da MMX em Minas Gerais. No TJ do Rio, corre o processo de recuperação que envolve a MMX Mineração e Metálicos, holding da companhia de mineração de Eike, e a MMX Corumbá, uma das subsidiárias operacionais, criada para explorar minas.

MMX tentou suspender julgamento

A confirmação da falência, na decisão de hoje veio após a MMX recorrer da decisão da primeira instância. A falência foi decretada em agosto de 2019, pela 4ª Vara Empresarial do TJ do Rio, responsável pelo processo de recuperação judicial no Judiciário fluminense, mas, ainda naquele mês, a companhia conseguiu uma liminar suspendendo seus efeitos até que o recurso foi finalmente julgado agora.

A MMX ainda tentou uma última cartada, pedindo a suspensão do julgamento desta quarta-feira, para apresentar uma nova versão do plano de recuperação. O plano levaria em conta um aporte de US$ 50 milhões, de um novo investidor, a China Development Integration Limited (CDIL), conforme acordo firmado e divulgado em março último.

No julgamento do recurso, a advogada Ivana Harter, que representa a mineradora de Eike Batista, alegou que o plano de recuperação da companhia não poderia ter sido rejeitado pelo juiz da 4ª Vara Empresarial do TJ do Rio, como foi em 2019, e que, confirmada a decisão, seria o “primeiro caso conhecido em que uma companhia com R$ 300 milhões (os US$ 50 milhões acordados com a CDIL) captados poderá ter falência decretada”. O CDIL chegou a mandar uma representante ao julgamento. A advogada pediu para fazer uma sustentação contra a decretação de falência, mas o pedido foi negado.

Em abril, a 5ª Vara de Execução Fiscal da Justiça Federal do Rio intimou a MMX a pagar certidões de dívida ativa federais no valor total de R$ 3,454 bilhões, em valores atualizados até novembro de 2020, ou oferecer bens em garantia. Ainda no mês passado, a execução fiscal foi suspensa, mas por causa do processo de recuperação judicial.

A maior parte dos valores obtidos com a execução dos ativos após a falência tende a ir para o Tesouro Nacional, explicou Macêdo, por causa da ordem de prioridades entre os credores. Conforme estabelecido em lei, em primeiro lugar, vêm os trabalhadores, mas o processo tem “poucos credores trabalhistas”, disse o advogado. Em seguida, nas prioridades, vêm o fisco, depois os credores quirográficos e, por fim, os acionistas.

Ação da MMX fecha em forte queda

A ação da MMX (MMXM3) encerrou o pregão dessa quarta-feira em forte queda de 30,35%, valendo R$ 14. No ano, o papel acumula uma queda de 17,65%, frente ao fechamento a R$ 17 em dezembro.

Fonte: SUNO

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