O BTG Pactual classificou a notícia de que a Claro, TIM Brasil (TIMS3) e Vivo (VIVT3) pediram a devolução de R$ 1,8 bilhão para a Oi (OIBR3) como “muito ruim”.
Em relatório enviado a clientes na última segunda-feira (19), os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Vitor Melo destacam que a Oi não receberá de imediato o valor, que foi retido pelas três teles, e seu caixa de curto prazo ficará sob pressão enquanto o valor final a ser reajustado estiver em discussão.
Se não houver acordo, haverá o parecer de mais um auditor independente e, por fim, caso a situação persista, será necessária uma arbitragem
“E mesmo que o ajuste final seja “apenas” os 9% retidos pelas teles (R$ 1,4 bilhão), isso ainda equivaleria a um impacto negativo de R$ 0,24 por ação”, calcula.
Na última sessão, as ações da tele desabaram 11%. Já neste pregão, o papel da Oi caia 2,13%, a R$ 0,46, por volta das 12h33.
Ainda segundo o BTG, o modelo da Oi está sendo revisado e novas estimativas devem ser publicadas nas próximas semanas.
A Oi informa que adotará “todas as medidas cabíveis”, entre as quais o exercício de seu direito de apresentar às compradoras notificação de discordância a respeito do ajuste pós-fechamento, dentro do prazo de 30 dias úteis, detalhando as razões de sua discordância com relação aos itens, valores e cálculos.
Nos 30 dias subsequentes ao recebimento da notificação, diz a Oi, as partes poderão buscar solucionar de boa-fé quaisquer divergências que possam ter em relação ao ajuste pós-fechamento.