Onde investir em 2022?

Inflação alta, eleições se aproximando e grandes possibilidades de os Estados Unidos aumentarem seus juros básicos. Tudo isso será decisivo na hora de definir onde investir em 2022. As recomendações dos especialistas são as mais variadas, mas há um consenso: “Não guardar o dinheiro na caderneta de poupança.” Segundo eles, há aplicações mais rentáveis e mais seguras, como, por exemplo, os títulos públicos do Tesouro Direto

O que observar lá fora?


O principal fator externo que pode afetar a forma de aplicar dinheiro aqui no Brasil é o fim dos estímulos monetários nos Estados Unidos e o aumento na taxa básica de juros norte-americana, atualmente na faixa entre 0% e 0,25% ao ano. A maior economia mundial está com a inflação mais elevada desde 1982, de 6,8% em 12 meses, segundo o US Bureau of Labor Statistics. Só os itens relacionados à energia acumulam uma alta de 33,3% no período.

O aumento dos juros nos Estados Unidos é o passo seguinte ao fim da compra de ativos financeiros por parte do Fed, o banco central norte-americano. Originalmente, a previsão era de que o processo fosse concluído em junho, mas diante da aceleração da inflação ele pode ser antecipado.

O principal impacto da alta de juros nos Estados Unidos será a menor disponibilidade de dinheiro para as economias emergentes. Variáveis como o câmbio e a bolsa de valores podem ser afetadas. “Mas os EUA não querem uma valorização muito grande do dólar, pois isso prejudicaria sua economia”, diz o estrategista-chefe da Ativa Investimentos, Luiz Fernando Carvalho.

Outro aspecto a ser observado, porém com menor intensidade, é a reestruturação da economia chinesa. A segunda maior economia global planeja redirecionar sua expansão para o consumo interno e focando em temas como tecnologia, meio ambiente e mudança da matriz energética. A projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de um crescimento anual entre 5 e 5,5% nos próximos cinco anos.

O que observar aqui dentro?


No Brasil, o principal aspecto a ser observado na hora de investir em 2022 é a evolução do ritmo da inflação, que acumula alta de 10,74% nos 12 meses encerrados em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Banco Central iniciou a alta nos juros em março e deve estendê-la até o início do ano que vem.

A XP Investimentos avalia que, com juros mais altos e um movimento de normalização gradual nas cadeias de suprimento, a inflação deverá perder força ao longo de 2022. A corretora aponta que, diferentemente dos ciclos anteriores de alta de juros no país, os bancos públicos não devem expandir o crédito, o que anularia parte da ação do BC.

A expectativa é de que a inflação convirja para a meta apenas em 2023. A corretora aponta que três fatores devem ser acompanhados mais de perto:

o reequilíbrio entre oferta e demanda no mercado global de bens;
o ritmo de desaquecimento da atividade econômica doméstica e sua capacidade de limitar repasses adicionais de preços ao consumidor; e
a ancoragem das expectativas em um ambiente de elevadas incertezas fiscais e políticas.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/onde-investir-dinheiro-2022-recomendacoes-corretoras-gestores/

Fonte: Gazeta do Povo

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com