Selic em alta ainda por um bom tempo: como ficam os Fundos Imobiliários?

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic de 13,25% para 13,75% na quarta-feira (3). A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado. 

No entanto, os investidores seguem atentos aos próximos passos do comitê. Isso porque ficou em aberto se o ciclo de alta da Selic já chegou ao fim ou se haverá um ajuste residual, de menor magnitude, na próxima reunião. 

Para Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, a Selic deve sofrer ainda uma alta de 0,50 ponto porcentual, alcançado 14,25% – e se mantendo nesse patamar até maio de 2023 -, para garantir o controle da inflação – que já ultrapassa a meta para o próximo ano. 

Juros em alta e os Fundos Imobiliários

De acordo com Felipe Paletta, analista da Monett, embora o momento ainda seja de dúvidas com relação à continuidade dos movimentos de alta da Selic ou de uma possível “virada de mão” na política monetária brasileira, os ativos de risco, como os Fundos Imobiliários e as ações, devem ser observados com atenção. 

“Não tivemos novidades, com a subida da taxa de juros para o patamar de 13,75% a.a.. É muito provável que tenhamos na próxima reunião uma elevação na casa dos 14%. E, então, devemos ter uma paralisação deste movimento de alta.

Para Paletta, mais importante do que a decisão em si, é o que vai acontecer daqui em diante. “Nesta última reunião, o mercado absorveu bem o apontamento de que estamos chegando, de fato, ao fim do ciclo de aperto monetário”, comenta. 

Ainda de acordo com ele, o movimento previsto para setembro deve ser o mais próximo do encerramento do ciclo de altas. “Acredito que não devemos passar muito, a depender somente de um cenário muito diferente do que estamos vivendo, que seria um cenário de recuperação da economia brasileira. E já estamos observando um arrefecimento forçado da inflação no curto prazo”, analisa.

YouTube player
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com