AS MAIORES CRISES ECONÔMICAS DA HISTÓRIA – Como ocorre uma crise econômica?

AS MAIORES CRISES ECONÔMICAS DA HISTÓRIA – Como ocorre uma crise econômica?

O que é crise econômica?

A economia é cíclica, isto é, mesmo apresentando períodos de estabilidade, em alguns momentos há um declínio da atividade econômica. Isto é inevitável no padrão do sistema capitalista.

Isso significa que, de tempos em tempos passaremos por crises. Mas as razões de sofrer uma crise pode variar, os setores da economia que mais serão afetados, também.

No geral, as grandes crises afetam, de alguma forma, todo os países capitalistas, pois suas economias são dependentes entre si.

Durante uma crise econômica, há um declínio da atividade econômica. A demanda pelo consumo diminui, fazendo com que as empresas tenham lucro cada vez menor. Com menos lucro das empresas, muitas demitem os funcionários, aumentando o desemprego. Com mais desemprego, a renda das pessoas diminui, levando a um menor consumo das familías (menor demanda).

Esse ciclo se repete e se intensifica. E, para frear este ciclo, é necessário adotar políticas de estímilo à economia, e se essas políticas serão bem sucedidas ou não. Tudo isso determinará a intensidade e a duração dessas crises.

O papel do PIB:

O Produto Interno Bruto, o PIB, é a soma de todas as riquezas (bens e serviços) produzidos no país, durante um certo período de tempo. É um dos indicadores mais usados para medir o tamanho, crescimento ou recessão de uma economia.

O PIB pode ser calculado pela oferta e demanda, onde na oferta, soma-se o valor do que é produzido pela indústria, serviços e agropecuária. E, na demada, calcula-se o gasto, isto é, o consumo das pessoas com os bens e serviços, investimentos das empresas e gastos do governo.

As maiores crises econômicas:

  • 1929 “A crise de 29 ou a Grande Depressão”: A crise mundial da década de 1930 foi marcada pela queda dos preços no mercado agrícola nos EUA em 1928. Em outubro de 1929, após três meses de quedas consecutivas nas produções e nos preços, venderam 16 milhões de ações as pressas, afundando a Bolsa de Nova York. Essa crise marcou a decadência do liberalismo econômico, tendo como causas a superprodução, com pouca demanda, e a especulação financeira.

  • 1973 “O embargo do petróleo no conflito árabe-israelense”: O corte de provisão dos EUA que compõem a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petroléo), na chamada primeira crise do petróleo, durante a guerra do Yom Kippur, provocando um aumento de US$ 2,50 a US$ 11,50 na commoditiy em 1974. Elevou a fatura energética do Ocidente e virou uma forte crise nos países industrializados.

  • 1979 “A Revolução Iraniana”: Com a queda do Xá Mohammed Reza Pahlevi e a instauração da República Islâmica do Irã, veio a segunda crise do petróleo, gerando um novo colapso internacional. Mesmo as economias ocidentais estando mais preparadas, já vinham reduzindo o consumo do petróleo, e a queda na oferta provocou um período de preços muito altos. Essa crise afetou, principalmente, os países em desenvolvimento, que além do aumento de preço tinham que pagar pela commodity e a inflação, enfrentando um ciclo de crise financeira dada pela dívida externa.

  • 1987 “A Segunda-feira Negra”: Em 19 de outubro de 1987, milhares de investidores quiseram vender as suas ações na Bolsa de NY devido á crença generalizado inadequada de informações confidencias e a aquisição de empresas com dinheiro vindo de créditos. A Dow Jones caiu 508 pontos, com baixa de 22,6% em um único pregão, arrastando as bolsas asiáticas e européias. A consequência foi uma intensificação da coordenação monetária internacional e dos principais assuntos econômicos.

  • 1994 “A crise do peso mexicano”: Sendo incapaz de manter a taxa de câmbio em relação ao dólar, o governo mexicano anunciou a desvalorização da moeda nacional. Isso gerou falta de confiança na economia mexicana, desencadeando uma grande saída de capital. A produção diminuiu e o desemprego aumentou para mais de 60%.

  • 2000 “A crise das pontocom”: Os excessos da nova economia deixaram rastros de quebras, fechamentos e compras no mundo das telecomunicações e internet, deixando um buraco nas contas das empresas. Em março de 2000, o principal índica da Nasdaq fechou em 5.048,62 pontos, um recorde histórico. Em três anos, apenas, a crise fechou quase 5 mil empresas e algumas das maiores corporações do setor de telecomunicações, vítimas de escândalos contábeis. A FED (Banco central americano) respondeu com uma redução de 0,5% na taxa de juros.

  • 2001 “As Torres Gêmeas”: Os atentados de 11 de setembro em NY provocaram queda nas bolsas. O índice de Tokyo caiu mais de 6% e os pregões europeus também tiveram recuos, fazendo os investidores buscarem refúgio no mercado do ouro e do tesouro americano. O FED cortou os juros mais uma vez.

  • 2008 “A Grande Recessão”: O crédito fácil e a disseminação de um péssimo investimento ao redor do mundo são os principais motivos para a crise financeira de 2008. Em 1998, os bancos americanos começaram a emprestar dinheiro pra muita gente, e muita gente não tinha como pagar. Até mesmo quem não tinha emprego nem renda ou patrimônio, conseguia ser aprovado no banco para financiamento. Poderia dar até a própria casa como garantia para os empréstimos. Os bancos passaram a misturar essa dívida de alto risco com as de baixo risco, montando pacotes de CDO (obrigações de dívidas com garantia). Eles vendiam as CDOs para investidores de todo o mundo, e quando os americanos pagassem o valor devido, o dinheiro ia para os investidores de CDO, com juros. Os investidores achavam que estavam fazendo um ótimo negócio, pois os juros eram bem altos. Mas, os devedores não pagaram. Como essas dívidas estavam em bancos e fundos de investimentos ao redor do mundo, criou um efeito dominó no mercado. Resultado: um dos bancos de investimentos mais tradicional dos EUA, Lehman Brothers, foi a falência. As bolsas do mundo inteiro despencaram. Mais bancos perdendo dinheiro. Para evitar a crise, governo de diversos países injetaram bilhões em bancos. E mesmo assim, a crise não ficou só no mercado financeiro. Os EUA, o Brasil e outros países entraram em recessão, com um aumento desenfreado no desemprego. Até hoje, o nível de emprego não chegou ao patamar que era antes da crise.

 

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