A Vale (VALE3) deve apresentar no próximo dia 27 um balanço do primeiro trimestre refletindo os preços altos de minério de ferro, mas com impacto sazonal da diminuição dos volumes, dizem analistas do mercado.
Nesta terça-feira (19), após o fechamento do mercado, a companhia – cujas ações acumulam alta de 13% neste ano -divulga ainda o relatório de produção do período, que deve ajudar a calibrar as expectativas sobre o balanço.
O Bradesco BBI projeta uma queda de 4% no Ebitda, na comparação trimestral, a US$ 6,5 bilhões, resultado que deve ser suportado por prêmios de minério de ferro mais altos, enquanto os custos aumentam, diz em relatório.
Efeito da chuva
O Bank of America (BofA) fala em “embarques fracos”, prejudicados pelos fortes níveis de chuva no Brasil durante o trimestre. Segundo o banco, em relatório assinado por Caio Ribeiro e equipe, a Vale deve registrar embarque de 60Mt de minério de ferro no total, queda trimestral de 36% e baixa anual de 8%.
“No entanto, os preços de minério de ferro mais altos com o referencial do mercado subindo 29% na base trimestral devem compensar em grande parte o movimento [de baixa de embarque”, diz.
O banco também cita uma “realização de preço mais forte impulsionada por taxas de frete mais baixas e um efeito positivo do mecanismo de preço provisório”.
O BofA diz ver o chamado custo de caixa C1 por tonelada aumentando devido à menor diluição de custos fixos, maiores custos com combustíveis e maiores despesas portuárias. A projeção é de que a Vale entregue US$ 20,7/ton (+10% q/q; +19% a/a)
“Do lado de metais básicos, os embarques de níquel da Vale devem chegar a 42kt (-5% q/q; -12% a/a) e cobre a 52kt (-30% q/q; – 28% a/a) devido à manutenção na operação de Sossego”, comenta.
Fonte: https://www.moneytimes.com.br/vale-vale3-apos-alta-de-13-da-acao-em-2022-veja-o-que-esperar-do-balanco-do-1t22/
